Em 2023, chegamos à 30ª edição do Porto Alegre em Cena. O festival acontecerá entre os dias 07 e 19 de setembro em diversos espaços culturais da capital, e teremos uma belíssima programação no Centro Municipal de Cultura Lupicínio Rodrigues a partir do dia 08 de setembro. Confira os espetáculo confirmados para esta edição:
CONFIRA A PROGRAMAÇÃO DO FESTIVAL NO TEATRO RENASCENÇA:
08 de setembro
ESPERANDO GODOT

Horário: 21h / Classificação indicativa: 12 anos
Sandra Dani e Janaina Pellizzon vivem Estragon e Vladimir, personagens que esperam por um sujeito chamado Godot, que ninguém sabe exatamente quem é. A trama ganha intensidade e contornos preocupantes com a chegada de Pozzo e Lucky, vividos por Arlete Cunha e Lisiane Medeiros, na relação de escravidão que se estabelece entre os dois. A chegada do menino, papel de Valquíria Cardoso, traz consigo notícias sobre Godot, figura pela qual a espera de todos é constante, e a chegada sempre adiada nunca chega a acontecer. Assim como Beckett revolucionou a narrativa e o teatro do século XX, a montagem desse clássico também vem para quebrar paradigmas no teatro em Porto Alegre com um elenco exclusivamente composto por grandes atrizes da capital.
10 de setembro
MARIA PEÇONHA

Horário: 16h / Classificação indicativa: Livre, com indicação para maiores de 10 anos.
Utilizando bonecos de luva francesa, boneco de vara, boneco manipulação à vista, boneco de balcão, teatro de objetos, sombras, narração e animações digitais, Maria Peçonha é um conto fantástico gaúcho, com incríveis imagens e importantes aspectos das tradições culturais do RS. Reflete sobre a necessidade do convívio com as diferenças, além de mostrar possíveis caminhos que nos tornem cidadãos com mais empatia com outros humanos e com o planeta. Maria era artista popular e entre agulhas, remendos de tecidos e linhas, costurou bonecas de pano e a própria vida. Dedicada à artesania, não foi essa arte que a fez admirada pelos moradores da pequena Alegrete, no Sul do Brasil, mas uma façanha inexplicável: por onde ela passava, nasciam flores. Assim tornou-se Maria Flor. Até que um dia se transformou em Maria Peçonha.
12 de setembro
EM CHAMAS

Horário: 21h / Classificação indicativa: 14 anos
A partir de quatro histórias, o espetáculo examina os traumas do ódio e da intolerância dentro de sociedades polarizadas. Democracia, violência, livre-arbítrio, compaixão e alteridade são pontos temáticos abordados em microuniversos que querem ser ouvidos e que expõem os nossos fracassos enquanto sociedade. Um segregacionista faz um relato brutal sobre as chamas ocultas que incendiaram seu país. A apresentadora do programa ‘Saiba a Verdade’ revela situações cotidianas extremas. Um mestre de cerimônias propõe um jogo fatal onde uma plateia enuncia suas famosas últimas palavras. Uma figura clama pelo fim da violência, fazendo uma invocação aos deuses da democracia: as pessoas.
15 E 16 de setembro
VALA: CORPOS NEGROS E SOBREVIDAS

Horário: 21 / Classificação indicativa: 12 anos
Inspirado na energia e vivência corporificada no Cemitério dos Pretos Novos, localizado no bairro da Gamboa no Rio de Janeiro, o espetáculo Vala, da CIA Sansacroma, dispõe de corpos pretos, “abertos”, escancarando suas marcas e que se encontram mortalmente aprisionados. As cenas percorrem o espaço e o tempo através da ideia de um corpo oco, que denuncia a “limpeza” e/ou genocídio dos pretos ao longo do tempo e como toda essa estrutura social foi justificando e moldando novos valores, a urbanidade, a civilidade, a segurança pública e a política de morte. Com quatro momentos, o espetáculo atravessa uma linha poética, através da perspectiva de que esses corpos se reconstroem como sementes, que negam esse destino necropolítico, que são vias de sobrevidas constantes e que afirmam a urgência de uma desobediência que é vital, necessária e política. Não nos basta a cultura da paz, seguimos rumo à cultura da Justiça!
17 de setembro
TRIVIAL

Horário: 18h / Classificação indicativa: livre
O espetáculo de dança Trivial busca criar um paradoxo entre as trivialidades cotidianas de jovens dançarinos de periferia e a realidade diária de profissionais liberais e pais de família, membros de uma sociedade desigual, onde dançar breaking não é trivial, mas sim, a forma de expressão e profissão que sustenta esses artistas, emocional e financeiramente. Aqui a trivialidade do cotidiano e as dificuldades comuns cruzam com a expressão artística, seus preceitos e preconceitos. Com um elenco formado por bboys, é dirigido e coreografado por Driko Oliveira.
19 de setembro
INSTINTO

Horário: 21h / Classificação indicativa: 14 anos
Vencedor do prêmio norueguês Ibsen Scope, o espetáculo Instinto, do Projeto Gompa, é um dos cinco selecionados entre cinquenta e quatro projetos de mais de trinta países que concorreram ao prêmio. Nesta montagem, vemos a essência de Brand, personagem da obra homônima de Henrik Ibsen, trazida para contextos atuais de modo fragmentado, mesclando teatro, dança, música e artes visuais. Brand é um líder implacável, obsessivo, semelhante a muitos líderes extremistas da atualidade, que perigosamente influenciam massas de seres humanos, frequentemente com resultados devastadores. Baseados nesta ideia e imbuídos de dúvidas sobre os limites da própria humanidade, o grupo reflete se a capacidade de raciocínio dos humanos é suficiente para lhes distinguir dos animais, instintivos em suas necessidades e escolhas de lideranças. Instinto é o resultado de inquietações de questionamentos sobre o constante conflito entre ideais e ações.
CONFIRA A PROGRAMAÇÃO DO FESTIVAL NA SALA ÁLVARO MOREYRA:
09 de setembro
CARTAS PARA UMA EXTRATERRESTRE

Horário: 19h30 / Classificação indicativa: livre
O espetáculo-ritual traz homens fruindo seus corpos de forma coletiva, celebrando sua existência como matilha. Com elenco formado exclusivamente por dançarinos homens (cis, trans e queer), a montagem parte da investigação em torno de uma corporeidade selvagem e busca refletir sobre concepções de masculinidade, explorando um corpo transespecífico que se localiza no trânsito entre o homem e o animal. O processo de pesquisa de Cães teve início nos estudos teórico-práticos da diretora sobre a antropofagia no corpo, os quais geraram uma corporeidade que oscila entre pessoa e cão. E é por meio do trânsito entre cão e homem que o trabalho dança a masculinidade nos corpos.
13 de setembro
CÃES

Horário: 19h30 / Classificação indicativa: 18 anos
Utilizando bonecos de luva francesa, boneco de vara, boneco manipulação à vista, boneco de balcão, teatro de objetos, sombras, narração e animações digitais, Maria Peçonha é um conto fantástico gaúcho, com incríveis imagens e importantes aspectos das tradições culturais do RS. Reflete sobre a necessidade do convívio com as diferenças, além de mostrar possíveis caminhos que nos tornem cidadãos com mais empatia com outros humanos e com o planeta. Maria era artista popular e entre agulhas, remendos de tecidos e linhas, costurou bonecas de pano e a própria vida. Dedicada à artesania, não foi essa arte que a fez admirada pelos moradores da pequena Alegrete, no Sul do Brasil, mas uma façanha inexplicável: por onde ela passava, nasciam flores. Assim tornou-se Maria Flor. Até que um dia se transformou em Maria Peçonha.
14 de setembro
PIGARRA

Horário: 19h30 / Classificação indicativa: 14 anos
O silêncio da garganta que acolhe tudo que não é dito é cheio de ruído. O vazio das pessoas que nos preenchem é cheio de lembranças. E a voz, o corpo e o presente são cruzamentos dos instantes que nos transformam e das pessoas que nos atravessam. Pigarra é tentativa de desengasgo. Aqui, em um formato intimista, a multiartista Paola Kirst apresenta um espetáculo performático solo no qual investiga outras maneiras de fazer música, cantar, ouvir histórias e reverenciar pessoas. Se debruça sobre o termo ‘pigarra’ como uma provocação sobre o que está atravessado, permeado, represado em nossas gargantas. Com direção cênica de Thais Andrade, a performance busca olhar para as memórias e vulnerabilidades como um laboratório de experimentação do corpo e da voz em cena numa experiência imersiva para o público.
15 E 16 de setembro
FRÁGIL, OU, ESSA DANÇA É 30 MINUTOS MAIS LONGA DO QUE PODERIA SER PARA COMPETIR

Horário: 19h30 / Classificação indicativa: livre – Entrada Franca
Não há nada sólido. Parece que daqui por diante tudo será sempre esmigalhável, sempre a beira de romper com facilidade. É, parece que é delicado mesmo. Quanta resistência se esconde ali? Quanto vigor ela terá? Quão sujeita a erros estará? Quanto tempo será que vai durar tudo isso? Frágil é uma pergunta dançada: depois de todo esse caminho que já foi percorrido a vontade agora é de ir pra onde? Partindo da lógica do fragmento essa dança quer habitar a bagunça antes de organizar qualquer coisa do mesmo jeito.
17 de setembro
CHUÁ – DESCOBERTAS NA ÁGUA

Horário: 21h / Classificação indicativa: Livre – espetáculo para bebês
Nessa montagem, as brincadeiras dos pequenos com água são utilizadas como centro do processo de criação. Através de recipientes metálicos, ora vazios, ora cheios, é permitido um jogo de pequenas descobertas visuais e sonoras no espaço teatral. A gravidade, o tempo, a luz e a música desencadeiam estímulos e leituras simbólicas onde o corpo e a água se encontram e despertam conexões e memórias afetivas com o banho, o meio ambiente, a gestação e a vida na sua concepção sagrada. A experiência de sentir a água escorrendo pelos dedos acompanha a humanidade desde sempre e fala metaforicamente dessa tenra e efêmera fase da primeira infância. Assim, Chuá se torna uma descoberta na água onde cada um sacia a sua curiosidade por meio da brincadeira com os sentidos.
*sugerimos levar roupa de banho ou uma roupa seca para trocar os bebês ao final do espetáculo pois há possibilidade de interação com a água.

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