Ingresso: R$ 25,00
O partido nazista queria saber exatamente quem eram os “indesejáveis” ao futuro da Alemanha, quantos eles eram, e onde estavam – só assim o plano de purificação do sangue alemão poderia ser concretizado. A IBM desenvolveu, produziu e acompanhou a implementação de sistemas automatizados de informação que auxiliaram a máquina de guerra nazista a ser mais rápida, eficiente e organizada. O Terceiro Reich finalmente podia identificar, localizar, prender e transportar a campos de extermínio e trabalhos forçados judeus, ciganos, portadores de deficiência física e mental, homossexuais, prisioneiros políticos, religiosos e todos os indesejáveis.
P-U-N-C-H explora três significados da palavra punch em inglês e três contextos diferentes nos quais os cartões perfurados estiveram presentes:
– ATO I (Escritórios da IBM, década de 1930) – punch: Inserir informação ao pressionar um botão ou perfurar um cartão;
– ATO II (Gueto de Varsóvia) – punch: Conduzir gado, empurrando-o com uma vara;
– ATO III (Campo de concentração e extermínio, simbolizado por um ‘kabarett’ alemão) – punch: Golpear com o punho.
Este é um projeto que já tem mais de 2 anos de trabalho e pesquisa e se destaca pela originalidade e ineditismo de sua proposta. Não apenas a temática abordada – a relação entre a IBM e o Holocausto, jamais apresentada em um espetáculo artístico – mas também os meios audiovisuais deste projeto são inusitados. Esta será a primeira ópera brasileira a integrar canções, poesias e cartas escritas em guetos e campos de concentração, dança, vídeo, música ao vivo, música eletrônica, sons gravados em campos de concentração, em documentários e discursos de chefes de Estado realizados durante a 2ª Guerra Mundial.
P-U-N-C-H explora de maneira fundamental temas contemporâneos como o controle social através da tecnologia, homofobia, racismo, segregação e sexismo, tendo como fio condutor o Holocausto de judeus, ciganos, homossexuais e deficientes físicos e intelectuais, instigando discussões sobre inclusão social e diversidade.
P-U-N-C-H questiona as estruturas de controle social e a própria definição de ópera.
PRÊMIO FUNARTE PETROBRAS DE DANÇA KLAUSS VIANNA 2012
Direção Coreográfica: Silvia Wolff
Direção Cênica: Alexandre Vargas
Dramaturgia: Alexandre Vargas e Christian Benvenuti
Direção de Vídeo: Eny Schuch
Produção: Débora Plocharski Borges/Tribolê Produtora
Cenografia: Elcio Rossini
Cenotécnica:Iuri Wander
Criação de Luz: Maurício Aguiar de Moura
Figurinos: Carolina Job Di Laccio
Máscaras: Fernando Schmidt
Hairstyling e Maquiagem: Cassiano Pellenz
Identidade Visual: Marina Roos Guthmann e Christian Benvenuti
Assessoria de Imprensa: Bebê Baumgarten/BD Divulgação
Assistência de Direção: Matina Banou
Assistência de Produção: Karenina Benvenuti
Elenco de Intérpretes/Criadores:
Alessandra Souza
Alexander Kleine
Andrew Tassinari
Consuelo Vallandro Barbo
Débora Jung
Gabriela Guaragna
Giuli Lacorte
Guilherme Conrad
Gustavo Duarte
Jaime Ratinecas
Jeferson Cabral
Julia Bueno Walther
Luana Camila
Luciano Souza
Matina Banou
Renan Santos
Viviane Gawazee
Cantores:
Gabriela Lery
Hevelyn Costa
Igor Daniel Ruschel
Lucas Alves
Rose Carvalho
Orquestra:
Adolfo Almeida Jr., fagote
Carlos Tort, percussão
Cláudia Schreiner, flauta
Elimar Blazina, clarinete
Filipe Müller, contrabaixo
Gabriela Vilanova, viola
Huberto Gastal Meyer, violino
Paulo Bergmann, piano
Philip Gastal Meyer, violoncelo
Vinícius de Moraes Nogueira, violino
Regência: Christian Benvenuti
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Qual a duração do espetáculo?
2 horas de duração.