
SAMBARACOTU
Sambaracotu / foto: Maciel Goelzer
1 de dezembro de 2022 / 21h
Teatro Renascença (Av. Érico Veríssimo, 307 – Porto Alegre – RS)
Duração: 60min / Classificação: 10 anos
De um composto de dança, teatro e performance eclodem corpos inflamados pelo desejo de expressar, e se vão abrindo clareiras por todos os espaços possíveis: palco, plateia, paredes, teto. Sambaracotu, do Canoas Coletivo de Dança, é um espetáculo de dança urbana contaminado por sonoridades brasileiras. Funciona como um manifesto, produzido desde a dimensão ética, estética e poética através de uma recomposição de movimentos da cultura de domínio popular e da pesquisa de estruturas coreográficas múltiplas. Celebra o movimento e produz um corpo-voz não apenas por sua poética coreográfica, mas a partir de provocações sonoras inspiradas na cultura oral brasileira de domínio público. Formado por bailarinos vindos das mais diversas linguagens, o grupo trabalha, desde 2015, com um perfil aberto, inserido na urbanidade e contemporaneidade, com ênfase no processo coletivo de investigação e experimentação.
Direção: Carlota Albuquerque, Álvaro RosaCosta e Simone Rasslan / Provocações sonoras, pesquisa e composição musical: Álvaro RosaCosta / Intérpretes criadores: Carini Pereira, Carol Fossá, Danielle Costa, Leslie Taube, Roberto Mendes, Tiago Ruffoni, Tom Peres e artista convidado / Consultoria e curadoria de linguagem: Eliane Marques / Iluminação e videografia: Ricardo Vivian / Figurinos: Gustavo Dienstmann / Cenário: Gustavo Dienstmann, Rodrigo Shalako (instrumentos) e Paulo Pereira / Cenotécnico: Paulo Pereira / Produção: Canoas Coletivo de Dança / Ensaiadora e artista colaboradora: Joana Willadino / Intercâmbio artístico: Renann Fontoura e Leo Patro / Letristas: Ronald Augusto, Danielle Costa, Leandro Maia / Músicos convidados: Daniela Luz, Beto Chedid e Yago Lima /Apoio: Colégio Rondon, Studio Spasso, Sala Terpsí / Duração: 60 min / Classificação indicada: a partir de 10 anos.

PALÁCIO DO FIM
Palácio do Fim / foto: Regina Peduzzi Protskof
1 de dezembro de 2022 / 19h
Sala Álvaro Moreyra (Av. Érico Veríssimo, 307 – Porto Alegre – RS)
Duração: 90min / Classificação: 14 anos
Histórias de pessoas reais em uma reflexão humanista sobre as tênues fronteiras éticas, morais e políticas que uma guerra envolve, o texto foi escrito pela premiada dramaturga canadense Judith Thompson, reconhecida internacionalmente pela humanidade de sua obra. O espetáculo da Cia. Incomode-te faz uma reflexão sobre os limites éticos e morais em uma situação extrema da vida como uma guerra. A montagem traz três cenas: o monólogo ‘Minhas Pirâmides’, em que as atrizes Fabiane Severo e Sandra Possani interpretam Lynndie England, intercalando cenas jornalísticas públicas da guerra no Iraque, em uma refinada montagem de imagens concebida pelo cineasta Guilherme Carravetta de Carli; ‘Colinas de Horrordown’, com Nelson Diniz interpretando David Kelly, o inspetor de armas britânico que tornou público, em entrevista à rede BBC, o fato constrangedor de que as armas de destruição de massas procuradas por George Bush e Tony Blair no Iraque não existiam; e, por fim, ‘Instrumentos de Angústia’, um monólogo intenso de Liane Venturella, onde ela vive Nehrjas Al Saffarh, esposa de um militante político contrário ao governo, durante a Guerra do Golfo (1990-1991).
Texto: Judith Thompson / Tradução: Liane Venturella e Carlos Ramiro Fensterseifer / Direção: Carlos Ramiro Fensterseifer / Elenco: Liane Venturella e Nelson Diniz / Participação especial: Fabiane Severo e Sandra Possani / Trilha sonora: Angelo Primon / Iluminação: Nara Maia / Cenário: Alexandre Navarro Moreira /Figurinos: Liane Venturella e Carlos Ramiro Fensterseifer / Adereços: Valéria Verba /Direção dos vídeos: Guilherme Carravetta de Carli /Pesquisa dos vídeos: Martina Pilau / Operação de som: Eduarda Rhoden / Técnico de vídeo: Nelson Azevedo / Arte gráfica: Jessica Barbosa / Foto: Regina Peduzzi Protskof / Produção artística: Letícia Vieira / Produção: Cia Incomode-Te e Primeira Fila Produções /Realização: Cia Incomode-Te/ Duração: 90min/ Classificação: 14 anos.

TERRA ADORADA
Terra Adorada / foto: Adriana Marchiori
2 de dezembro de 2022 / 19h
Sala Álvaro Moreyra (Av. Érico Veríssimo, 307, Porto Alegre – RS)
Duração: 60min / Classificação: 14 anos
Lote de ingressos gratuitos para pessoas indígenas
No dia do espetáculo, a partir das 18h, na Bilheteria da Sala Álvaro Moreyra, serão distribuídos 20 ingressos gratuitos para pessoas indígenas. Distribuição por ordem de chegada.
Terra Adorada é resultado de dois anos de pesquisa da atriz Ana Luiza da Silva. Depois de vivenciar o cotidiano em terras indígenas Kaingang e Guarani no RS, acompanhar mobilizações, se aproximar da luta dos povos indígenas pela preservação de seus direitos, buscar referências sobre sua bisavó indígena, descobrir sua origem Kaingang, Ana mergulhou na criação deste manifesto que faz uma crítica à sociedade não indígena. A atriz, em performance, revisita memórias da infância no interior do RS, traz à cena informações documentais, relatos sobre suas vivências nas terras indígenas. O espetáculo propõe um olhar crítico sobre as relações, ainda colonialistas. Uma denúncia sobre a situação dos povos indígenas no Brasil. Além da apresentação de Terra Adorada, estarão presentes algumas artesãs Mbyá-Guarani expondo e comercializando sua arte e, ao final do espetáculo, haverá uma roda de conversa com Iracema Gah Té, kujà Kaingang e Rejane Paféj Kanhgág, psicóloga.
Idealização, pesquisa, atuação: Ana Luiza da Silva / Direção: Jezebel De Carli e Ana Luiza da Silva / Dramaturgia: Ana Luiza da Silva e Jezebel De Carli / Colaboração dramatúrgica: Vika Schabbach / Cenografia: Ana Luiza da Silva e Jezebel De Carli / Iluminação: Carol Zimmer / Figurino: Ana Luiza da Silva e Iara Sander / Trilha sonora pesquisada: Ana Luiza da Silva / Edição de vídeos: Carina Macedo / Produção: Complô Cunhã / Duração: 60min / Classificação: 14 anos
3 de dezembro de 2022 / 19h
Sala Álvaro Moreyra (Av. Érico Veríssimo, 307 – Azenha, Porto Alegre – RS)
Duração: 60min
A montagem nasce do encontro entre o projeto de estágio de graduação de Phillipe Coutinho no DAD/UFRGS, a pesquisa de mestrado de Sandino Rafael no PPGAC/UFRGS e as vidas de mais cinco jovens pretos que decidiram continuar em movimento, juntos. Esse movimento gesta a rede Espiralar Encruza. A dramaturgia, construída em sala de ensaio, é composta por histórias, desejos e reflexões das performers e se propõe a discutir algumas das questões subjetivas e estruturais causadas pelas desigualdades étnico-raciais presentes na sociedade brasileira. Nas referências que guiam o espetáculo estão as manifestações culturais negras contemporâneas que vão desde o samba, o funk e as religiões de matriz africana ao vogue e slam, que fazem parte das vidas das performers. Num misto de celebração de sua existência e críticas às estruturas que o cerca, o grupo se apropria do espaço do teatro para concretizar uma prática antirracista na sociedade a partir de percepções subjetivas. Na fricção entre ficção e realidade, público e performer e presente e futuro, o coletivo enseja dançar sob as certezas que são direcionadas aos corpos pretos e, num gesto poético e político, desmontá-las.
Performers: Cira Dias, Eslly Ramão, Gabi Faryas, Letícia Guimarães, Maya Marqz e Phill / Direção: Espiralar Encruza / Operação de luz: Thaís Andrade / Operação de som: Aterna Pessoa / Cenário, figurino e produção: Espiralar Encruza / Fotografia: Moisés Nobre / Duração: 60 minutos

ATRAVESSAMENTOS
Atravessamentos / foto: Sal Fotografia
3 de dezembro de 2022 / 21h
Teatro Renascença (Av. Érico Veríssimo, 307 – Porto Alegre – RS)
Duração: 60min / Classificação: livre
Concebido pelo Circo Híbrido, coletivo/espaço que reúne pessoas com diferentes trajetórias artísticas num processo coletivo de pesquisa e experimentação para criação de um espetáculo-performance. Em cena, histórias diversas se atravessam, trazendo à tona reflexões sobre o contexto histórico em que estamos inseridos, bem como os afetos latentes que movem cada um. Em sua 5ª edição, Atravessamentos traz ao público um espetáculo-performance que trata da criação no campo das artes circenses em tempos de pandemia e isolamento social, do papel desse fazer artístico nesses tempos sombrios, e como é retornar para a presença, em um teatro na presença do público espectador. O espetáculo que costura performances de malabarismo, acrobacias de solo e aéreas, dança, força capilar e monociclo, deixa transparecer vestígios dos diferentes processos de criação experimentados pelos artistas que se propuseram a (re) pensar a performance – dentro e fora de casa, e agora no palco.
Direção geral: Tainá Borges e Lara Rocho / Elenco: Tainá Borges, Luís Cocolichio, Lara Rocho, Maílson Fantinel, Agatha Andriola, Guilherme Capaverde e Gabriel Martins / Audiovisual: Sal Fotografia / Projeção: Vado Vergara e Jéssica Alvarenga / Trilha Sonora: Viridiana / Projeto de Iluminação: Carol Zimmer / Operação de Luz: Bruna Casali / Cenografia, logística e técnica: Luís Cocolichio / Design, mídias sociais e assessoria de imprensa: Mônica Kern / Produção: Tainá Borges e Vado Vergara / Realização: Circo Híbrido / Duração 60 minutos / Classificação: Livre

NOVOS VELHOS CORPOS 50+
Novos velhos corpos 50+ / foto: Adriana Marchiori
4 de dezembro de 2022 / 19h
Teatro Renascença (Av. Érico Veríssimo, 307 – Porto Alegre – RS)
Duração: 60min / Classificação: Livre
Bailarinos e coreógrafos sobem ao palco para desmitificar a ideia de que a dança é apenas para jovens, Eva Schul (74), Lima Duarte (60), Eduardo Severino (59), Suzi Weber (57) e Mônica Dantas (54) apresentam o espetáculo Novos Velhos Corpos 50+ que, além da dança, tem trilha sonora ao vivo. No palco uma maca, que se transforma em cena juntamente com a composição coreográfica ancorada em dança contemporânea e improvisações estruturadas. O espetáculo oferece perspectivas poéticas de modo a friccionar rótulos geracionais através das coreografias. Ao mostrar a longevidade dos corpos em movimento, acredita-se que seja possível promover imagens de arte, de esperança e de resistência. Novos velhos corpos dançantes que buscam empatia no sentido de mover, respirar e celebrar a idade do corpo. Eva Schul, afastada dos palcos nas últimas décadas pelas demandas como coreógrafa e professora, volta à cena para celebrar a dança com parcerias de amizade e de criações. O espetáculo é um braço do projeto Novos Velhos Corpos 50+, coordenado por Suzi, bailarina, professora e pesquisadora no Departamento de Teatro e no Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da UFRGS.
Coordenação: Suzi Weber / Elenco: Eva Schul, Robson Lima Duarte, Eduardo Severino, Suzi Weber e Mônica Dantas / Músicos ao vivo: Dora Avila (percussão), Flavio Flu (baixo), Marcelo Fornazier (guitarra) e Vasco Piva (sax) / Projeções de videodanças: Alex Sernambi / Direção de cena: Lisandro Bellotto e Cláudia Sachs / Duração: 60 min / Classificação: livre
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