Confira os espetáculos locais que estarão na programação do 25º Porto Alegre em Cena, concorrendo ao Prêmio Braskem em Cena 2018:
Dilúvio MA
12/09 das 8h às 11h – Rua dos Andradas esquina General Câmara (em frente a rua da Ladeira) / Entrada franca
15/09 das 16h às 19h – Nova Orla do Guaíba / Entrada franca

Espetáculo encenado sem falas / Performance contínua
A performance Dilúvio MA faz parte da plataforma de pesquisa e criação artística chamada Ecopoética – criada e desenvolvida pelos artistas Marina Mendo e Rossendo Rodrigues – com o propósito de buscar poéticas de sustentabilidade no ambiente urbano, estabelecendo conexões entre ecologia, sustentabilidade e artes cênicas, abordando as relações entre os seres humanos e o ambiente em que habitam. MA no zen-budismo significa “vazio” ou “espaço entre as coisas”. Na performance, os artistas buscam estabelecer uma relação de contrafluxo ao ritmo urbano, voltando o olhar para espaços da cidade carentes de cuidado e atenção, atuando sobre o vazio que distancia o indivíduo e o ambiente em que ele habita.
Ficha técnica:
Criação e performance: Marina Mendo e Rossendo Rodrigues / Cenografia e coordenação técnica: Rodrigo Shalako / Fotografia: Gabriel Dientsmann / Captação e edição de vídeo: Natalia Utz / Realização: Pulperia Cultural / Financiamento: FUMPROARTE – PMPA / Recomendação etária: livre / Duração: 180 min
Pequeno trabalho para velhos palhaços
12 e 13/09 às 19h – Teatro CHC Santa Casa / Ingressos: R$ 15-30
13/09 – Sessão com tradução e interpretação para a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS)

Com direção de Adriane Mottola, o espetáculo celebra a prestigiosa carreira dos artistas Arlete Cunha, Sandra Dani e Zé Adão Barbosa, que, juntos, dominam o palco com interpretações deslumbrantes. O texto de um dos principais dramaturgos romenos, Matéi Visniéc, escrito em 1986 – cheio de humor, ironia e deboche -, permanece atual e pertinente, refletindo acerca das disputas de poder e instigando o questionamento sobre os invisíveis, os desacreditados, os artistas. A peça é, também, um tributo ao Teatro do Absurdo, com tom Beckettiano, que enfatiza as metáforas poéticas e, com forte espírito humanista, faz com que os atores garantam uma transparência emocional sem precedentes. São homens bons e maus, que participam involuntariamente do Circo da Vida e da Morte, alternando-se em dualidades, enquanto mantêm a alma das crianças em seus corpos já envelhecidos.
Ficha técnica:
Direção: Adriane Mottola / Autor: Matei Visnièc / Tradução: Pedro Sette-Câmara / Elenco: Arlete Cunha, Sandra Dani e Zé Adão Barbosa / Assistência de direção e Assessoria clownesca: Jéferson Rachewsky / Iluminação: Ricardo Vivian / Composição sonora original: Álvaro RosaCosta / Canção para Velhos Palhaços: Álvaro RosaCosta e Leandro Maia (Piano: Simone Rasslan) / Figurino: Daniel Lion / Cenografia: Zoé Degani / Assessoria de ilusionismo: Eric Chartiot / Vídeos: Daniel Jainechine / Programação visual: Sandro Ka / Fotos: Julio Appel e Vilmar Carvalho / Produção: Adriane Mottola e Áquila Mattos / Recomendação etária: 12 anos / Duração: 90min
Qual a diferença entre o charme e o funk?
13 e 14/09 às 19h – Teatro do SESC / Ingressos: R$ 15-30
14/09 – Sessão com tradução e interpretação para a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS)

A peça é baseada numa espécie de “arqueologia pessoal” que investiga relíquias na memória das sete artistas negras em cena, que compõem e dão corpo à criação coletiva. O espetáculo provoca um resgate às identidades negras ao recontar de variadas formas suas experiências, através de cenas autônomas e sensoriais, que transpassam as diversas artes da cena, como teatro, dança e música. Com direção de Thiago Pirajira, a peça contextualiza o movimento de uma juventude marcada pela esperança e que anseia trazer à luz sua cultura. “Qual a diferença entre o charme e o funk?” é a montagem de estreia do grupo Pretagô, oriundo do Departamento de Arte Dramática da UFRGS e que fundamenta e desenvolve sua pesquisa artística nas questões da identidade negra.
Ficha técnica:
Direção: Thiago Pirajira / Orientação Artística: Celina Alcântara / Elenco: Bruno Cardoso, Bruno Fernandes, Camila Falcão, Laura Lima, Manuela Miranda e Silvana Rodrigues / Dramaturgia: o grupo / Trilha sonora: João Pedro Cé / Músicos: João Pedro Cé e Duda Cunha / Criação de luz: Guto Greca / Operação de luz: Thais Andrade / Figurino: Mari Falcão / Fotografia: André Reali Olmos / Produção: Silvana Rodrigues e Thiago Pirajira / Recomendação etária: 14 anos / Duração: 70min
Espalhem minhas cinzas na EuroDisney
14 e 15/09 às 19h – Estúdio Stravaganza / Ingressos: R$ 15-30
15/09 – Sessão com tradução e interpretação para a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS)

Com texto de Rodrigo García, dramaturgo argentino radicado na Espanha, considerado, hoje, um dos maiores provocadores do teatro europeu, a peça convida o espectador a um passeio futurista distópico e atemporal, apresentando ataques ao capitalismo e seus subprodutos, como alienação, consumismo, manipulação midiática e artificialidade. Ao passo que o ser humano distancia-se cada vez mais de um mundo natural, afetando inclusive as relações interpessoais, e remetendo ao mesmo tempo ao agora e à ficção científica. O espetáculo da Cia Stravaganza – que comemora 30 anos – tem direção acurada de Adriane Mottola, que confere ao texto um ritmo acelerado e certo liricismo, destacando os diferentes corpos em cena, valorizando a criação coletiva junto ao elenco e em total sintonia com a teatralidade contemporânea, num cenário repleto de sacolas plásticas, símbolo maior do consumismo desenfreado, que imerge o elenco, como numa piscina.
Ficha técnica:
Direção: Adriane Mottola / Autor: Rodrigo García / Tradução: Adriane Mottola / Elenco: Áquila Mattos, Duda Cardoso, Geórgia Reck, Janaina Pelizzon e Lauro Ramalho / Iluminação: Ricardo Vivian / Trilha Sonora: Pablo Sotomayor / Produção Musical: Pablo Sottomayor / Figurino: Duda Cardoso / Cenário e Videografia Ricardo Vivian / Orientação Coreográfica: Douglas Jung / Fotos: Vilmar Carvalho / Realização: Cia Stravaganza / Recomendação etária: 16 anos / Duração: 45min
Imobilhados
15 e 16/09 às 21h – Teatro Renascença / Ingressos: R$ 15-30
Espetáculo encenado sem falas

Do encontro de artistas interessados em investigar a fundo as possibilidades da máscara expressiva, o grupo Máscara EnCena, nascido em 2014, oferece aos espectadores uma obra delicadamente sensível e, ao mesmo tempo, vigorosa. Os quatro atores desdobram-se em nove personagens, ao passo que relevam suas particularidades e expõem seus segredos, anseios e fragilidades, criando situações diversas e que permeiam a vida cotidiana de forma simples e poética. Com direção de Liane Venturella, o espetáculo sem falas ganha força a partir da interpretação primorosa dos atores, através de gestos, ações e movimentos coreografados, além de uma composição estética coesa, em que iluminação, cenografia e trilha sonora original complementam e dão brilho à montagem.
Direção: Liane Venturella / Elenco: Alexandre Borin, Camila Vergara, Fábio Cuelli e Mariana Rosa / Dramaturgia: Liane Venturella e Máscara EnCena / Trilha Sonora Original e Desenho de Som: Caio Amon / Cenografia: Rodrigo Shalako / Iluminação: Fabiana Santos / Operação de Som: Vitório Azevedo / Figurino: Liane Venturella / Confecção de figurinos: Titi Lopes / Máscaras: Máscara EnCena, sob a direção de Fábio Cuelli / Conteúdo de Vídeo: EROICA Conteúdo_vídeo / Assessoria de imprensa: Prática Comunicação / Produção: Máscara EnCena, sob a direção de Camila Vergara / Realização: Máscara EnCena / Apoio: Bortolini Andaimes / Recomendação etária: 12 anos / Duração: 80min
Hiato
16 e 17/09 às 19h – Sala Álvaro Moreyra / Ingressos: R$ 15-30

Espetáculo encenado sem falas.
Resultando de uma pesquisa estética e coreográfica originada em imersões na natureza, a qual corpo e imagens dialogam ao vivo em um jogo que permeia o figurativo e o abstrato, o primeiro solo de dança contemporânea da artista Paula Finn apresenta uma espécie de corpo-tronco, cujo foco principal de movimento está nos braços e na coluna da performer, remetendo a raízes, folhas. Dirigido por Leonardo Jorgelewicz, a ideia do espetáculo é convidar o espectador a submergir num hiato temporal, deixando-se levar pelas energias suscitadas pela dança, como numa viagem sensorial e imagética – composta com projeções feitas simultaneamente pela VJ Paula Pinheiro, que compõe com cenário e luz, e que ora propõe movimento, ora apenas deixa que siga o fluxo de ações propostas pelo corpo.
Ficha técnica:
Direção: Leonardo Jorgelewicz / Atuação: Paula Finn / Vídeos: Paula Pinheiro / Trilha sonora: Guilherme Guinalli / Iluminação: Carol Zimmer / Cenário: Maílson Fantinel / Figurino: Victor Kayser / Produção: Carol Zimmer e Paula Finn / Recomendação etária: 12 anos / Duração: 30min
A mulher arrastada
19 e 20/09 às 22h – La Photo / Ingressos: R$ 15-30
20/09 – Sessão com tradução e interpretação para a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS)

A partir de um episódio real ocorrido em 2014, o texto do dramaturgo Diones Camargo ganha força na direção de Adriane Mottola (Cia. Stravaganza) e na atuação contundente de Celina Alcântara (UTA – Usina do Trabalho do Ator), que interpreta a figura trágica de Cláudia Silva Ferreira – mulher negra e pobre que, após ser baleada por policiais quando saía de casa para comprar pão, teve o corpo arrastado pela viatura nesta lamentável ação da PM no Morro da Congonha (RJ). Contrapondo o simbolismo evocado pelas “palavras-cicatrizes” ao horror do fato real, a peça instiga a reflexão acerca das barbáries a que a população periférica do país é submetida diariamente, e questiona o papel da mídia e da sociedade no processo de silenciamento de vozes que expõem e denunciam um sistema excludente e desigual ao apagarem o nome das vítimas, reduzindo-as a mera estatística, tal como ocorreu com “Cacau”, que passou a ser chamada pela impessoal e cruel alcunha de “mulher arrastada”.
Ficha técnica:
Texto: Diones Camargo / Direção: Adriane Mottola / Elenco: Celina Alcântara e Pedro Nambuco / Cenografia: Isabel Ramil e Zoé Degani / Trilha Sonora Original: Felipe Zancanaro / Iluminação: Ricardo Vivian / Fotografia: Regina Peduzzi Protskof / Produção: Diones Camargo e Regina Peduzzi Protskof / Realização: Diones Camargo e LA PhOTO Galeria e Espaço Cultural / Apoio: Cia. Stravaganza e UTA – Usina do Trabalho do Ator / Recomendação etária: 14 anos / Duração: 50min
Teatro dos Seres Imaginários
19 e 20/09 • 17h às 21h • Travessa dos Cataventos CCMQ / Entrada franca
Sessões de 10 minutos cada.

Espetáculo encenado sem falas
Livremente inspirado em O Livro dos Seres Imaginários, de Jorge Luís Borges e Margarita Guerrero, o espetáculo de manipulação de bonecos acontece dentro de uma caixa de tecido suspensa, em que o espectador fica com o rosto praticamente colado à cena, acompanhando de perto a encenação. A intenção é justamente proporcionar uma experiência única, como um mergulho em um universo inesperado e vibrante, no qual os personagens sobrevoam o espaço cenográfico. A peça de teatro minimalista concebida por Cacá Sena e Jackson Zambelli proporciona uma fascinante percepção do estranho, do admirável e do mágico, estabelecendo uma intimidade com o público de modo a transportá-lo através de um caminho sem atalhos até o mundo dos seres imaginários.
Ficha técnica:
Manipulação: Cacá Sena, Charles Kray, Elaine Regina e Silvia Regina Ferrare / Desenho e construção dos seres: OBA – Oficina de Bonecos Animados: Heloisa Dile, Renato Spinelli e Duda Spinelli / Iluminação: Carol Zimmer / Técnico: Daniel Fetter / Música: Sérgio Olive / Desenho Gráfico no cenário: Pedro Alice / Cenotécnica: Fake Cenografia / Videografismo: Juliano Ambrosini e Gerson Silva / Fotografia: Rique Barbo / Produção Executiva: Fabiane Baumann / Roteiro e Direção de Cena: Jackson Zambelli / Criação e Direção Geral: Cacá Sena / Recomendação etária: 10 anos / Duração: 240min (divididos em sessões de 10min cada)
Vincent – Obra contemporânea em dança performativa

Espetáculo encenado sem falas.
O conturbado universo do consagrado artista holandês e mestre da pintura, Vincent Van Gogh, é o ponto de partida para a criação deste espetáculo, que explora um trânsito atemporal entre poéticas constituídas de atravessamentos múltiplos, em que cada intérprete-criador constrói sua própria cartografia de movimentos, propondo a utilização de variadas linguagens artísticas, como a dança e as artes visuais, devidamente costuradas pelo viés performativo. A montagem da Cubo1 Cia de Arte valoriza as particularidades na construção de uma linguagem autêntica, a qual traz em seu cerne o gesto, a simplicidade, as qualidades de movimento, suas expansões e dobras, tornando porosas e instáveis as fronteiras entre memória, história da arte e criação.
Ficha técnica:
Direção geral: Verônica Prokopp / Direção cênica: Daniel Aires / Intérpretes-criadores: Daniel Aires, Fellipe Resende e Richard Salles / Iluminação: Luka Ibarra / Operação de som: Ana Paula Reis / Figurino: Neusa de Oliveira e Luciano Santos / Recomendação etária: livre / Duração: 45min
Chapeuzinho Vermelho
21 e 22/09 às 21h – Teatro Renascença / Ingressos: R$ 15-30
22/09 – Sessão com tradução e interpretação para a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS)
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Com linguagem híbrida, que mescla teatro, dança e música, o espetáculo dirigido por Camila Bauer é uma experiência que encanta crianças e adultos de diferentes maneiras, com uma proposta de distintas camadas de percepção, dependendo do repertório de quem assiste à montagem. O texto inédito no Brasil é de Joël Pommerat, um dos mais importantes dramaturgos franceses da contemporaneidade, reconhecido por suas narrativas líricas e instigantes para públicos adultos e/ou infantis, que nesta obra traz à tona uma espécie de “iniciação ao medo”, como o autor mesmo define, em que a criança depara-se com os riscos e, ao mesmo tempo, o fascínio pelo desconhecido representado pela estrada – ou, metaforicamente, a própria passagem da vida infantil à adulta.
Texto: Joël Pommerat / Tradução: Giovana Soar / Direção: Camila Bauer / Elenco: Fabiane Severo, Guilherme Ferrêra, Henrique Gonçalves e Laura Hickmann / Direção coreográfica: Carlota Albuquerque / Composição e desenho sonoro: Álvaro RosaCosta / Preparação vocal: Luciana Kiefer / Cenografia: Elcio Rossini / Figurino: Daniel Lion / Iluminação: Thais Andrade / Maquiagem: Luana Zinn / Criação e confecção de máscara: Diego Steffani / Criação e confecção de gobos: Pedro Lunaris / Teasers: Camino Filmes / Vídeo: Caio Amon / Identidade visual: Jéssica Barbosa / Fotografia: Adriana Marchiori / Produção: Projeto GOMPA e Rococó Produções /Realização: Projeto GOMPA / Recomendação etária: 07 anos / Duração: 50min
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